Miliotti’s Blog


Para mudar basta dar o primeiro passo

Posted in Uncategorized por miliotti em 14 de abril de 2009

Poético, divertido e revelador. Divã – O filme, mostra que para mudar basta apenas dar o primeiro passo. Com direção de José Alvarenga Jr., baseado no livro de Martha Medeiros, o filme conta a história de Mercedes (interpretada por Lilia Cabral), uma mulher de 40 anos que vive entre altos e baixos, casada e mãe de dois filhos. Ao deitar-se no divã, ela questiona sua vida sexual, casamento e a realização profissional.

Mercedes vive uma vida aparentemente perfeita com seu marido Gustavo (José Mayer), mas mesmo assim resolve fazer análise. O que começa como uma simples brincadeira acaba por se transformar num surpreendente ato de libertação.

Movida por suas angústias existenciais, a busca de Mercedes por entender a si mesma é divertida e comovente, refletindo bem as dificuldades de uma mulher de 40 anos que se depara com a pergunta: “o que eu fiz na minha vida?”.

Devaneios

”Você já fez análise? Pois deveria, é um verdadeiro ato de libertação. Sabe aquela história de queimar o sutiã? Eu queimei um guarda-roupa inteiro! Rs… Quem pensa que não tem problemas com certeza é porque não se conhece direito. Eu descobri isso da pior e da melhor maneira: me conhecendo.

Nessa trajetória encontrei pessoas que amei e perdi pessoas que amava, mas mesmo isso faz parte dessa maravilhosa jornada que é a vida!”, essas são palavras da personagem em um site de relacionamentos.

No filme, Mercedes ainda vive um triangulo amoroso com Murilo (Cauã Reymond) e Theo (Reinaldo Gianecchini), ambos jovem e totalmente diferente um do outro.

 

Serviço:

O filme estréia dia 17 de abril nos cinemas

Assista o treiler do filme acessando www.divaofilme.com.br

O fascínio por São Jorge

Posted in Uncategorized por miliotti em 7 de abril de 2009
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por Pedro Rocha

sao-jorgeEu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, (..) e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal.” As palavras da oração do santo exaltam sua natureza guerreira e seus devotos tomam esse atributo para suas próprias vidas, sempre pedindo proteção.

A enfermeira Fernanda Marques, que é devota desde os 12 anos, comenta sua dedicação: “Quando me perguntam se sou espírita, eu digo que sou São Jorge, tamanho é o amor que tenho por ele. Vou à igreja, sempre rezo e faço pedidos que na maioria das vezes são atendidos”.

A imagem de São Jorge montado em um cavalo lutando contra um dragão representa a batalha entre bem e mal. Os fiéis do santo se espelham nesse perfil que, segundo a crença religiosa, lhes dá conforto e força para vencer problemas e dificuldades diárias.

Muitos são os devotos do guerreiro. Entre eles estão Zeca Pagodinho, Jorge Benjor e Jorge Babu, autor da lei que institui o dia 23 de abril como feriado de São Jorge. A execução de músicas que exaltam o santo ajuda na propagação dos valores que acompanham sua imagem.

Ogum e o sincretismo

No espiritismo também há o sincretismo com o orixá Ogum, que domina os metais e a guerra. Na umbanda, a cor do santo é vermelha e faz referência ao sangue e à guerra. Já no candomblé a cor é azul, devido ao fogo que Ogum usava para forjar suas armas e ferramentas.

Seja qual for a corrente espírita, São Jorge e Ogum são venerados por todos os seus devotos, como forma de agradecimento e admiração.

Mídia e Violência

Posted in Uncategorized por miliotti em 7 de abril de 2009

Por Aline Santana

Nos dias 26 e 27 de março, jornalistas e cientistas políticos e sociais do Brasil, Canadá e Estados Unidos se reuniram, na Escola de Comunicação da UFRJ, para discutir a relação entre mídia e violência. Estiveram presentes no evento os jornalistas Fernando Molica (jornal O Dia), Raphael Gomide (Folha de S. Paulo), Marcelo Moreira (editor-chefe RJ TV 2ª edição), Ivana Bentes (diretora da Escola de Comunicação da UFRJ), Jorge Antônio Barros (editor-adjunto jornal O Globo), Tião Santos (coordenador da Rádio Viva Rio), Anabela Paiva e a cientista social Silvia Ramos (organizadoras do livro Mídia e Violência).

A “banalização da violência” foi um dos temas mais debatidos e criticados durante o evento. “As pessoas leem as notícias de crime e não se chocam mais, não se importam”, comentou o jornalista canadense Doug Saunders, chefe da sucursal de Londres do jornal Globe and Mail. De acordo com os convidados do seminário, o crescimento da violência faz com que os profissionais de imprensa criem formas de adaptar a apuração e cobertura dos acontecimentos. Uma das preocupações apontadas foi a segurança dos jornalistas que fazem cobertura policial ou de guerra.

Neste cenário de novos fatores que interferem na cobertura, as pesquisadoras Anabela Paiva e Silvia Ramos, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), autoras do livro Mídia e Violência, ressaltaram que a pesquisa feita para o livro demonstrou que a polícia não é mais a fonte principal dos jornalistas. Atualmente, há uma preocupação em mostrar o lado de quem sofre diretamente com a violência, diariamente, nas grandes cidades brasileiras.

Favela e violência

Outro fator levantado pelos debatedores o foi o crescente preconceito que permeia os espaços populares, ligando a violência diretamente às favelas e à pobreza. Em sua intervenção, Sílvia Ramos citou alguns dados dos estudos realizados pelo CESeC. Segundo a pesquisadora, os dados mostram que a polícia carioca é a que mais mata no mundo. A proporção é de 48 homicídios por 100 mil habitantes. Quando verificado números entre jovens, negros, do sexo masculino de 22 a 24 anos, a taxa é de 400 para cada 100 mil habitantes.

O jornalista e líder comunitário da comunidade Santa Marta, Zona Sul do Rio, Itamar Silva, esteve presente no segundo dia de debates e lamentou a forma como a imprensa trata as vítimas da violência em muitos casos. “Ainda há certa marginalização quando retratam a criança, por exemplo, que mora na favela como menor, considerando o jovem pobre uma ameaça”, afirma Itamar.

Mídia e violência em livro

Em 2007, a jornalista Anabela Paiva e a cientista social Sílvia Ramos, coordenadora do CESeC, lançaram o livro “Mídia e Violência – Novas tendências na cobertura da criminalidade e segurança pública no Brasil”. O livro é resultado de pesquisa realizada pelo CESeC desde 2004 e é uma profunda reflexão sobre a cobertura de segurança pública.

O livro reúne entrevistas realizadas com cerca de 90 jornalistas, artigos e depoimentos de policiais e especialistas no tema, além da apresentação dos resultados da análise do conteúdo de 5.165 notícias. A publicação se inspirou no tipo de diálogo que a Agência de Noticias dos Direitos da Infância (ANDI) promove entre as redações, as universidades de comunicação e as entidades relacionadas à agenda do desenvolvimento sustentável e dos direitos humanos. A publicação tem distribuição gratuita para centros de pesquisas, universidades e organizações não- governamentais (ONGs).